segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Berlim IV - O confronto final

Sexta-Feira, 26 de Setembro: como era o nosso último dia em Berlim, na noite anterior fizemos um roteiro para que o dia fosse bem aproveitado. E funcionou muito bem. Primeiro fomos ao Schloss Charlottenburg, o palácio que Frederico I dedicou a sua amada Sophie-Charlotte. É considerada a obra-prima do barroco e foi construído entre 1695-1701. Enorme, bonito e com um belo jardim.


















De lá fomos a uma loja chamada Garage, que vende roupas usadas a kilo. Eu não curti e a Mari também não, mas se a pessoa tiver paciência ela acha uns casaquinhos vintage que fariam sucesso em Poa. Rumamos para o bairro turco, Kreuzberg, onde fomos no Viktoria Park, um parque bem menor que o Tiergarten, mas muito agradável. Fica na colina mais alta de Berlim, aliás a única que vi. No meio do parque achamos uma cachoeira e fizemos uma parada estratégica, para aguentarmos o resto do dia.







































Pegamos um metrô e fomos para um local que quase passou despercebido pela gente, mas que se revelaria o mais emocionante de Berlim.


















Na Bernauer Strasse existe uma parte imaculada do muro de Berlim, a Gedenkstatte Berliner Mauer. No local há uma mostra de fotos que mostra como foi a construção do muro e como aquilo transformou aquele bairro e especificamente aquela rua.












































Simplesmente metade da rua ficou na parte oriental e metade na ocidental. Pior: o muro acompanhava a parede dos edifícios. Dentro do apartamento, Alemanha Oriental, fora Alemanha Ocidental. Dá pra acreditar nisso?


































Na frente fica o Dokumentarionszentrum, onde ficam passando vídeos sobre a construção do muro, a fuga das pessoas e o nome daqueles que morreram tentando. Tive que sair da sala para não chorar com os vídeos mostrando as velhinhas se atirando de seus apartamentos nos braços das outras pessoas para ficar na Alemanha Ocidental. Muito foda!

































































Bom, depois deste soco no estômago, nada como umas comprinhas para se alegrar... A Mari queria comprar um tênis na Adidas Originals e quando chegamos lá não tinha o número. Mas aí aconteceu algo que só pode acontecer em países civilizados: o vendedor ligou para a Adidas Performance perguntando se tinha lá. O vendedor de lá disse que não, mas lembrou de uma loja, que não é Adidas, que poderia ter. O vendedor então anotou o endereço, procurou na internet o telefone, ligou, perguntou se tinha e reservou. Dá pra imaginar isso no Brasil? Então nos mandamos para lá e o tênis estava esperando a Mari. Voltamos para a Alex, fizemos um lanche, olhamos a arquitetura igual dos prédios da Karl-Marx-Allee e resolvemos voltar para o hostel. Descansamos um pouco, pegamos o tram (só no último dia descobrimos que o tram cortava caminho e levava 10 minutos até a Alex...) e tentamos ir na taberna mais antiga de Berlin, a Zur Letzen Instanz, que é de 1621!!! Só chegamos na porta, pois uma fraulein que mal falava inglês falava: sorry, full, full. Resolvemos então voltar para a Alex e sentar num bar, olhando o movimento. Tomamos umas Paulaners e ficamos sentindo a atmosfera de Berlim, pensando em tudo que havíamos visto e feito, e que teriam um efeito em nossas vidas.

































Impressões finais de Berlim:
- Nem parece que estamos na Alemanha, não vimos nada muito típico. É uma cidade como Londres, como Nova York, muito cosmopolita.
- Fiquei apaixonado pelo sistema de transporte deles. Na volta, nem deu vontade de pegar o carro, aliás só peguei no fim-de-semana e quando a Mari viajou.
- Vimos muita coisa, mas ainda havia muito mais a ser visto. Ou seja, um pretexto para voltar.
- Tudo funciona direitinho na hora exata. Porque não pode ser assim no Brasil?

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