sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Berlim I

Começo dizendo que a-do-lei (piada interna do casal...) Berlim. É uma cidade fantástica, cosmopolita (só lembrávamos que estamos na Alemanha pelo idioma) e muito aconchegante. Viemos de trem de Amsterdam e chegamos em Berlim pelas 17:30 de uma segunda-feira. A estação é muito bonita por dentro, e por fora mais ainda.


















Pegamos o metrô (não contentes em serem eficientes e pontuais, eles tem dois tipos: U-Bahn, subterrâneo e o S-Bahn, elevado) e fomos até o nosso hostel, o Generator. Hostel? Tem estrutura de hotel, apesar da faixa etária média dos hóspedes ser de 16 anos...


















Fizemos check-in, largamos as malas e fomos até a Alexanderplatz. Posso considerar a Alex, como é chamada carinhosamente pelas pessoas, de um ponto de referência da cidade. Lá tivemos as nossas primeiras impressões, positivas, de Berlim.























Chegamos com fome e aí lembramos que estávamos na Alemanha: fomos comer numa espécie de fast-food alemão. Mas a mulher que atendia só falava alemão... mesmo assim comemos umas salsichas com cerveja.


















Andamos um pouco em volta da Alex e voltamos para o hotel. No segundo dia, já no café, encontramos a Paola e o Maurício, que estavam hospedados no Generator também. Combinamos de conhecer a cidade juntos. Mal sabíamos que este seria o dia em que mais andaríamos na vida. Na boa, acho que andamos mais de 10 km, só olhando tudo que Berlim tem a oferecer. Pegamos o S-Bahn e fomos até a Alex.


















Note a placa no metrô: aquele era um vagão para carrinhos de bebê, bicicletas e pessoas com malas. Os caras são muito organizados, agora entendo de onde vem esta minha organização e pontualidade.


















Pertinho da Alex, tem a Rote Rathaus, a Prefeitura da cidade, toda de tijolinhos vermelhos.


















No outro lado da Rote Rauthaus, temos o DDR Museum, ou o museu da Alemanha Oriental, que será retratado mais tarde e a Berliner Dom (abaixo), catedral de Berlim.


















Neste dia, só tiramos fotos do DDR Museum.


















Na saída tinha um tiozinho vendendo quinquilharias dos tempos da Alemanha Oriental, como este chapéu:


















Não me imaginei usando este chapéu em Poa, então optei por um outro modelo:


















Depois desta compra, entramos na Berliner Dom. Não sou fã de pagar para entrar em Igreja, mas esta valeu a pena.


















Subimos até seu domo e olhamos um pouco da paisagem:


















Esta torre que se vê ao fundo fará parte de muitas fotos: é a torre de tv, a Fernsehturm, o símbolo da antiga Alemanha Oriental. De qualquer ponto de Berlim (ou pelo menos 99%) você consegue enxergá-la. Mais adiante contarei nosso jantar lá em cima, sensacional. Pra mim, ela é o símbolo de Berlim, junto com a Siegessaule.

Depois da Berliner Dom, andamos pela Unter den Linden, uma rua muito famosa, que abriga desde lojas de carros (Ferrari, Audi, BMW) até museus, universidades, bibliotecas. O moderno se unindo ao novo. No final da Unter den Linden está um dos cartões postais de Berlim: o Portão de Brandemburgo. Muito lindo!


















Passando pelo Portão, entramos na Strasse des 17 Juni, avenida que corta o Tiergarten, um imenso parque no meio da cidade. Encontramos também um monumento aos soldados soviéticos:


















No meio desta avenida, está o monumento que, para mim, é o mais bonito de Berlim: Siegessaule. Do alto de seus 59 metros, o Goldelse (Anjo Dourado) fica de vigília sobre o Tiergarten. Para quem curte os filmes do Wim Wenders (Asas do Desejo e Tão longe, Tão perto) ou curte o clip da música "Stay" do U2 vai lembrar imediatamente. Pra mim, que curto ambos, foi muito emocionante.























Subir até o Anjo é que foi cansativo, mas a vista que se tem é espetacular. A foto abaixo fica num nível intermediário, ainda falta muita subida.


















O monumento fica num cruzamento de 5 ruas, e é onde ocorrem os comícios (o Obama acabou de fazer um) e a Love Parade.


















Olha como a Mari ficou linda sob a proteção do Anjo:























De lá seguimos para o Zoologischer Garten. Muito legal, e achei mais legal ainda que eles não fazem muita publicidade do Knut, ursinho polar rejeitado. Ele é apenas mais um dos animais. Eu só vi a bundinha dele, mas a Mari viu a carinha. Nota triste: no dia anterior encontraram o tratador dele morto. Calma, não foi o Knut. Encontraram ele morto em casa. Dizem que ele se matou, pois estava depressivo, já que o Zoo afastou ele do Knut, pois ele já não é mais um filhote e eles ficaram com medo que ele atacasse o tratador. Como são as coisas...


















Depois do Zoo, bateu a fome consumista: entramos na KaDeWe, a maior loja da Europa. Vende de tudo, desde Chanel até Chá. Não comprei nada, mas bem pertinho tinha uma Adidas. Tudo a ver né, Adidas com Berlim. Perto dali encontramos a Kaiser-Wilhelm-Gedachtniskirche. Esta Igreja tinha duas torres, e uma foi destruída na segunda guerra (aliás, um terço da cidade foi destruída nesta época). No lugar desta torre, construíram uma torre moderna, e ficou muito legal este contraste.























Depois, a Mari lembrou da Galeria Tacheles, ponto alternativo da cidade. Era um prédio que havia sido bombardeado e que a Prefeitura iria demolir. Só que os artistas invadiram o local e transformaram em ateliers. Fiquei um pouco com medo, cada andar parecia mais perigoso que o outro. Mas no final das contas, é tudo tranquilo.


















Pra falar a verdade, eu só gostei de um atelier, de uma cara que fazia posters com sátiras ao socialismo, pena que era complicado de trazer. No último andar tem um bar, bem despojado, com sofás detonados, mas bem legal. Sentamos, bebemos umas cevas e conversamos até começar a encher. Resolvemos voltar para o Hostel. Isso era perto da meio-noite.


















Sem dúvida, foi um dos melhores dias da viagem, senão o melhor.

Continua no próximo post

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